
Membros da CPI do MST convocaram nesta quarta-feira para prestar esclarecimentos, o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite. O pedido foi feito em requerimento de autoria do deputado Kim Kataguiri (União-SP), para que Derrite fale sobre as invasões ocorridas em São Paulo e das prisões decorrentes dessas ocupações ilegais.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) pediu para ouvir três servidores do TCU (Tribunal de Contas da União). Um deles é Leonir Bampi, que, segundo a parlamentar, trabalhou, direta ou indiretamente, nas diligências que embasaram decisão do tribunal que apontou desvio de verbas públicas para financiamento de atividades ilícitas. "Tais atividades foram orquestradas por associações diretamente vinculadas e coordenadas pelo Movimento dos sem Terra", diz a deputada.
Outros dois servidores que serão ouvidos hoje são a secretária de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente, Cintia Zaira Messias de Lima, e o auditor Agroambiental Roberto Eiji Sakaguti. Eles trabalharam em diligências que apontaram irregularidades no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) relacionadas à concessão de lotes.
O relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), por sua vez, sugeriu que o auditor de Finanças e Controle da Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Secretaria Federal de Controle Interno da CGU (Controladoria-Geral da União), João Henrique Wetter Bernardes, também fosse convidado para depor sobre as irregularidades no Incra.
Salles ressalta que a CGU é o órgão do governo federal responsável pela defesa do patrimônio público e pelo incremento da transparência na gestão.
Em junho, em audiência na CPI, o ex-presidente do Incra, Francisco Graziano Neto, defendeu a suspensão do programa de reforma agrária até que se regularize a situação dos assentamentos atuais.
Sessão anterior
O general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro de Segurança Institucional do atual governo, disse na sessão realizada ontem pela CPI do MST, que durante o período em que esteve no ministério, não recebeu da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nenhum relatório relacionado a invasões de terra.
Com informações Agência Câmara de Notícias
Foto: Tarcísio Nascimento/MST-RJ